abril 13, 2010

CARTA AOS COMPANHEIR@S DE XADE

Como sabedes o luns 5 de Abril Santi Cuadrado, Antón Antelo e Xesús Basanta aguardava-me na piscina de Santa Isabel para despedir-me logo de 9 anos de trabalho e luita sindical na empresa. A excusa é do mais retorcido: mala fé com a empresa por trabalhar num restaurante, algo que fai grande parte do pessoal para ir tirando, assi que comigo deve haver outras intençons, que já imaginaredes.
Para explicar este abuso e ver que podemos fazer solicitei ao comité de empresa nos tabuleiros e por mail a convocatória de umha assembleia. Desconheço se vam fazer algo, mais seria umha surpresa. Um companheiro contou-me que os de arriba “nom lhes deixam” fazer a assembleia e eles acatam mansamente, e que “alguém” retirou os meus escritos dos tabuleiros.
Porque passa isto?
É sabido que muitos empresários nom gostam dos direitos laborais, mais quando se exercitam, por exemplo o direito a greve (“folga”) que eu venho de exercer para acadar um novo convénio de instalaçons desportivas, se conseguem melhoras, por exemplo as pagas extras que temos, os contratos indefinidos ou a cobertura salarial completa em caso de baixa, como conseguimos trás as protestas do 2005. Se nom se exercitam os direitos se vam atrofiando, se vam perdendo. Se nom fazemos nada diante de um despedimento injusto, que ocorre? que manhá os abusos se multiplicarám porque a mensagem enviada é clara: o pessoal nom tem coragem nengum e traga todo; e quando te toque a ti, ou a ti, nom terás a que agarrar-te e irás mansamente, e tontamente, ao matadoiro.
Que se pode fazer?
O primeiro é valorar conjuntamente, em assembleia, a situaçom, e ali decidir que podemos fazer, pois a nossa força está na unidade, no grupo, e a dos empresários está na nossa divisom e cobardia.
O habitual em estos casos, e o mais eficaz, é a greve (“folga”), mais seja o que seja que fagamos sempre devemos dar algum tipo de resposta, de protesta, porque senom estaredes todos indefessos a partir de agora. Diante das protestas, eles se justificarám e atacarám, mais isso nom deve retraer-nos.
De esses do comité da ugt nom espero nada: entrárom aí como entrárom e eles saberám para que. Por riba de um comité sem carácter está a vontade da maioria.
Remato fazendo-vos umha singela proposta: colgade esta carta nos três tabuleiros sindicais das instalaçons, a mim nom me deixam entrar, e demostrade que ainda há dignidade.